Zoom Into Tokio Hotel
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 Obsession - | 23 | - aviso.

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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Set 29, 2010 11:22 am

Esta muito giro!
Mais, quero saber o que vai acontecer! XD
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQui Set 30, 2010 3:17 pm

TokioFan escreveu:
Esta muito giro!
Mais, quero saber o que vai acontecer! XD

Em breve saberás. (:
Obrigada. Beijinhos.
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptySeg Out 04, 2010 3:31 pm

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CAPÍTULO 20

31 de Agosto de 2013

Levara a noite às voltas na cama, sem pregar olho. Tudo o que dormira não devia chegar às duas horas, na totalidade. Tudo por causa do que se passara na casa de banho. Aquilo só podia ter sido obra da sombra que a molestara durante as suas férias com os gémeos. Se fora mesmo ela, podia concluir que tinha imensa força, mas a questão mais relevante era se estava do lado do Bem ou do Mal. Não percebia quem estava detrás daquele mistério todo e, principalmente, o que pretendia. Assustá-la? Brincar às escondidas? Como é que alguém como os Loorfins tinha paciência para essas coisas? Só um louco, concluiu.

Farta de todas aquelas voltas na cama, decidiu levantar-se. Espreitou as horas no telemóvel: eram quase seis e meia da manhã e o Sol ainda mal tinha nascido. Era cedo, mas recusava voltar a deitar-se e andar na cama às voltas em busca do sono!

Decidiu-se por descer até à sala e ligar a televisão. Não passava nada de jeito, apenas os habituais anúncios com publicidade enganosa. Tirou o som da televisão e dirigiu-se à cozinha, preparando algo para comer. Há quase dois meses que não digeria comida humana; não aquela mais concentrada ou cheia de molhos cujo conteúdo era por vezes desconhecido. Ainda sabia distinguir os sabores através do cheiro, mas não comia. Fazer-lhe-ia diferença voltar a digerir comida, principalmente saborear a carne e o peixe, sentindo a textura dos alimentos na língua. Meteu esses alimentos de lado e procurou o leite no frigorífico e o chocolate em pó no armário. Sempre gostara de leite, principalmente frio, fizesse frio ou calor.

Após misturar ambos os ingredientes, retomou à sala. Passavam, agora, as noticias e o que viu não lhe agradou, de todo. Mostravam-se cinco corpos inconscientes no chão – adultos pela aparência – e todos juntos uns ao lado dos outros. Aumentou o som e sentou-se com as pernas ao chinês no sofá, atenta ao que o comentador dizia:

«Não deixa de ser bizarro. Apareceram cinco corpos, sem vida, no meio da rua. Não há provas de que, realmente, tenham sido mortas, a não ser os hematomas nos braços. E isso é estranho! Podiam ter sido estranguladas, mas não. Não se compreende o porquê dos braços, quando não se pode fazer nada com eles, a não ser usá-los em legítima defesa.»

«Há três semanas, aconteceu o mesmo, em Loitche.»

«Acho que estamos a lidar com um louco. Louco ou serial killer…»

«Talvez seja, decididamente, um novo tipo de serial killer.»


Helly desligou a televisão, não querendo ouvir mais nada. Obviamente que tinha as respostas que os humanos procuravam sobre o porquê daqueles corpos terem aparecido no estado em que foram encontrados apenas com aqueles hematomas nos braços; mas também era óbvio que não lhes ia contar, se pudesse. O destino dos humanos é manterem-se na ignorância, sem sequer divagarem sobre outro tipo de vida. Já bastava os extraterrestres, os vampiros e os lobisomens, não havia necessidade de se infestar a mente das pessoas com outros seres sobrenaturais.

Mas Helly só conhecia outros três Loorfins para além de si: Tom, Bill e Francis. O que atacara aquelas pessoas só podia tratar-se de um Loorfin e, ou era recém-nascido ou a sombra. Se fosse um jovem Loorfin podia guiá-lo, ajudá-lo e até torná-lo seu ‘aprendiz’, mas se fosse a sombra não podia fazer nada, pois ela não tinha sido especifico onde se fixar.

Mas, de qualquer das formas, aquilo não era bom…

[…]

Ficou com menos um peso em cima quando Gordon e Simone chegaram a casa, ao mesmo tempo, por volta das seis da tarde. Depois de uma tarde passada debaixo de um pano de nervos – bem que os gémeos a tentaram distrair, dizendo-lhe que não passara de uma brincadeira de mau gosto; em vão, de nada servira -, sentia-se mais aliviada, se bem que não na totalidade. O dia ainda não tinha terminado e, mesmo que quisesse acreditar que fora apenas uma brincadeira estúpida de um Loorfin atrevido, não conseguia deixar de ficar vigilante, atenta a tudo e todos.

- Nós vamos sair. – Avisou Tom, falando para a mão. – Vamos ter com o Andreas.

- Está bem. –
Assentiu Simone, pondo a loiça suja na máquina.

- Até logo, Senhoras. – Disse Bill, aparecendo à entrada da cozinha. Tom acenou-lhes e ambos saíram.

Helly tirou a esparguete do armário e colocou-a ao lado do fogão, enquanto a água não fervia. A saída dos gémeos só iria contribuir para a sua preocupação. Se algo estivesse destinado a acontecer, queria que a sua família estivesse por perto. Mas… E se o que estaria para acontecer envolvesse os gémeos?

Uma parte de si gritou-lhe para os trazer de volta para casa e o seu corpo gelou, completamente. O coração disparou a uma velocidade estonteante e começou a respirar ofegantemente. Olhou para o fogão e viu a água borbulhar, mas a campainha tocou no mesmo instante e Helly rodou a cabeça, involuntariamente, para onde provinha o som.

- Eu vou abrir. – Declarou Simone, limpando as mãos a um pano.

- Não. – Interceptou Helly. – Eu vou.

Abandonou a cozinha em passo apressado, com a esperança de que fossem os gémeos, e abriu a porta. Assim que a abriu, foi brutalmente empurrada e embateu na parede ao fundo da sala, soando um enorme estrondo. Caiu no chão, agarrada à cabeça. Doeu-lhe com o embate, ficou zonza e indisposta.

- Helly, estás bem?! – Socorreu o seu pai, correndo para ela e agarrando-a pelos ombros.

Mas a rapariga não respondeu ao vislumbrar duas pessoas atrás de Gordon e, vendo que se preparavam para lhe fazer mal, ergueu um braço e atirou-lhes um raio, imobilizando-os. Gordon ajudou-a a levantar-se do chão e ouviu vários vidros a serem quebrados. Foi aí que se deparou com a confusão que se instalara em casa. Para além dos dois estendidos no chão, Helly sabia que havia mais.

- Vai buscar a Simone e fujam daqui! – Recomendou Helly. – Eu trato deles.

- Eu não te vou deixar aqui sozinha!

- Não te preocupes comigo, pai! –
Assegurou ela, sentindo um nó no estômago. – São Loorfins, nunca irias conseguir detê-los…

Simone gritou da cozinha e Helly e Gordon correram em seu auxílio. Dois Loorfins agarravam-na e apertavam-na com demasiada força pelos braços e Helly imediatamente os atacou com a sua electricidade, conseguindo afastá-los. Simone caiu no chão de joelhos, sentindo-se fraca e Gordon correu para ela.

Entretanto, um deles apanhou Helly pelo pescoço e apertou-o, impedindo-a de respirar, e atirou-a com brutalidade contra as bancadas da cozinha, magoando-a. Mais outros dois surgiram e um deles esmurrou-lhe a cabeça contra o chão com brutalidade, repetindo o processo diversas vezes até a deixar sem forças. Mas quando ele parou de a tentar matar, rodou-lhe o corpo, deitou-a de barriga para baixo, agarrou-lhe os pulsos – enlaçando-os – e colocou-lhe a cabeça virada para Gordon e Simone. Conseguia ouvi-los gritar pelo seu nome, mas soavam tão longe…

Um deles afastou Gordon de Simone com um safanão violento e Gordon colocou os braços em frente da cara, protegendo-se. Um outro fez o mesmo a Simone. Ambos agarram os pulsos do casal e, quando Helly os viu espetar os polegares nos pulsos deles e os ouviu gritar, ficou agitada e tentou soltar-se, mas quem a segurava era muito mais forte e esmurrou-lhe a cabeça no chão novamente, segurando-a pelos cabelos. Parecia que a estava a obrigar a assistir a algo… algo que estava prestes a acontecer.

Gordon e Simone caíram no chão, inconscientes, e um deles verificou-lhes a pulsação no pescoço. Rodou a cabeça lentamente para Helly e olhou-a nos olhos durante um tempo que lhe pareceu infinito. Tinha um olhar tão frio e tão vazio… Mas depois ele cerrou os olhos e baixou a cabeça, elevando-se do chão. Abandonou a cozinha sem dizer nada, juntamente com um outro, e Helly sentiu-se morrer por dentro. E, como se não bastasse, o que a segurava agarrou-a por um braço e por uma perna e atirou-a contra as bancadas, ao lado do fogão. Derrubou tudo o que lá se encontrava e caiu no chão, inconsciente.
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Out 06, 2010 11:32 am

:O
O Gordon... e a Simone... :"""O
Estúpidos estúpidos estúpidos!!! :@
Quem é que mandou os gémeos irem sair logo naquele dia?? Quando chegarem a casa... :"(
Esses Loorfins têm que sofrer!! E muito!

Btw, são Kleenex xD e desculpa não ter comentado o outro, só vim hoje ao fórum :/

Quero o próximo! E vê lá se tratas da saúde a essas coisas...!

(o capítulo está brutal!)

Beijinhos***
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Out 06, 2010 11:43 am

Adorei! Mais!
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQui Out 07, 2010 2:15 pm

Kelly: Fica descansada que aquela gente vai sofrer bastante, embora não seja já. I mean, vão desenrolar-se outras coisas Cool E tenho a certeza que vais gostar (a) Obrigada, beijinhos *

TokioFan: Muito, muito, muito obrigada! (: beijinhos.

Olá. Não gosto lá muito deste, mas agora que releio ao som da 'Iridiscent' dos Linkin Park... bem, nem vos digo! Têm os lençinhos com vocês? Eu devo ter-me tornado numa autêntica chorona porque tenho a sensação de que vocês vão ler este capítulo na boa T_T

Espero que gostem. Beijinhos.

Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 F0vmuv

CAPÍTULO 21

1 de Setembro de 2013

Tom e Bill estavam ambos em choque. Sentiam-se apagados, sem vida. Sentiam-se injustiçados e queriam vingança. Nem que tivesse de revoltar tudo. Iriam encontrar aqueles malditos Loorfins que roubaram a vida a Gordon e a Simone. E por pouco que não faziam o mesmo com Helly, que se mantinha adormecida na maldita cama de hospital. Tinha vários ferimentos na cara, cortes e hematomas por todo o corpo… Felizmente, não partira osso nenhum. Nunca mais voltariam a sair de casa, não sem Helly, agora.

Bill retornou à cadeira, ao lado da cama. Agarrou a mão fria de Helly, com cuidado por causa das feridas, e acariciou-a. Ela já dormia há bastantes horas e, pelos vistos, iria dormir muitas mais. Desejava com todas as suas forças que ela acordasse, mas via isso longe de acontecer. O esforço para não chorar era notório e o de Tom também. Olhou-o. Mantinha-se sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos na testa. Já estava naquela posição há muito tempo…

Quando sentiu Helly remexer-se, olhou-a, perplexo. Gemeu de dores, desviando a sua mão da de Bill, e suspirou. – Helly…

A rapariga murmurou algo imperceptível e Tom também foi para o seu lado. Abriu os olhos, pestanejando diversas vezes devido à luminosidade do quarto e olhou os gémeos em simultâneo, confusa. Deu conta que não estava no seu quarto por causa das cores que a rodeavam. Nem na cozinha estava, onde tudo… acontecera…?

Os semblantes dos gémeos não lhe transmitiam confiança nem alegria, como em todas as manhãs. Isso preocupou-a. E o olhar deles dizia tudo.

- Como te sentes? – Perguntou Tom, hesitando nas palavras para engolir em seco.

Ela engoliu em seco várias vezes, tentando que a secura instalada na garganta sumisse, mas, para além disso, um nó formou-se lá, impedindo-a de falar.

- Dói-te muito? – Preocupou-se Bill, vendo que ela não conseguia falar. Ela cerrou os olhos e acenou afirmativamente com a cabeça. Os gémeos olharam-se e depois olharam para ela.

- Digam de uma vez… o que aconteceu… - Murmurou a rapariga, não conseguindo falar mais alto.

Nenhum dos dois sabia como lhe contar a verdade. Bill sorriu-lhe, debilmente, e beijou-lhe a testa, suavemente. Depois, afagou-lhe o cabelo e encostou a testa à cabeça dela, mordendo o lábio inferior e sentindo-se cobarde por não lhe conseguir dizer a verdade. Tom fez o mesmo e Helly percebeu o que queriam dizer. Não conseguiu conter as lágrimas e chorou, compulsivamente, não se importando com as fortes dores que sentia.

[…]

Não conhecia a maior parte das pessoas presentes no funeral. Só alguns vizinhos, amigos e os poucos familiares da parte do seu pai – uma tia e a avó paterna. Da parte de Simone apenas conhecera a avó dos gémeos.

Custara-lhe imenso telefonar aos seus avós maternos, residentes em Londres – cidade natal da sua mãe. Eles não sabiam falar Alemão e, com aquela situação toda, Helly mal se lembrava do seu vocabulário Inglês. Os dois velhotes deram-lhes os pêsames pelo telefone, completamente chocados com a péssima novidade e questionaram-na sobre como acontecera. A jovem fora forçada a contar-lhes a verdade – excepto a parte que foram Loorfins, pois os idosos não tinham conhecimento dessa parte – e que tinham sido um grupo de assaltantes à mão armada. Os seus avós prometeram visitá-la um dia; não podia ser naquele momento devido a problemas monetários. Helly não objectou. Compreendia a situação deles e sabia o quão a vida estava complicada.

Quando chegou a hora dos caixões serem enterrados, Helly desfez-se em lágrimas e não conseguiu ver o caixão do seu pai enterrar-se. Tom e Bill tiveram que a segurar, ou ela desmaiar-se-ia.

- Helly, por favor, tem calma. – Disse-lhe Tom, acariciando-lhe a face. Conseguiu detectar muita tristeza na voz dele e sabia a vontade que ele tinha de chorar. Sentia-o.

Abraçou-o e chorou no seu ombro, enquanto Tom correspondia ao abraço e lhe passava uma mão nas costas repetidas vezes, tentando acalmá-la. E, quanto mais terra atiravam para cima dos caixões, mais audível se tornava o choro da rapariga. Tom não conseguia vê-la assim, detestava. Com Bill passava-se o mesmo. As lágrimas enevoaram a vista de ambos, mas como tinham os óculos na cara, ninguém dera por nada.

O tempo que passaram naquele maldito cemitério pareceu-lhes infinito. As horas que se seguiram pareceram anos e o frio que se fizera sentir durante a hora do enterro continuou a fazer-se sentir por toda a tarde. As pessoas depressa se dispersaram, mas Helly continuou em frente à campa do pai, olhando-a, devastada.

Os gémeos aproximaram-se dela, sorrateiros. Tom, ao tocar-lhe no ombro, levou um choque, retirando imediatamente a mão.

- Helly… - Murmurou ele, perplexo. Sentia um formigueiro nas mãos, ao qual já estava habituado. Mas ela não se moveu, continuou quieta tal qual uma estátua. Foi quando Tom olhou para as mãos dela e viu várias faíscas dispersarem-se por todo o lado, acabando em sítios incertos. – Vamos para casa. Vá lá…

Tom voltou a tocar-lhe no ombro – e voltou a sentir vários choques, mas não tirou a mão – e encaminhou-a para fora dali. Ela não ofereceu resistência e baixou a guarda, acabando com a electricidade visível nas mãos. Deixou-se guiar pelos gémeos até ao carro, entrou e Bill fechou a porta. Os gémeos entraram nos lugares da frente e Tom arrancou, rumo a casa.

Ainda havia um rasto de destruição na sala e de certeza que na cozinha também. A parede ao fundo da sala estava rachada – Helly não sabia que tinha batido com tanta força. Pendurou a mala no cabide e caminhou para o interior da sala, parando ao fundo das escadas.

- Vou para o meu quarto. – Avisou, começando a subir os degraus, mecanicamente.

Os gémeos não disseram nada. Sentaram-se nos sofás e observaram a confusão que ali reinava. Ambos sofriam em silêncio. Nem se lembraram que comemoravam mais um aniversário, parecia que se tinha apagado tudo.
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptySáb Out 09, 2010 5:08 am

Oláááá Very Happy

Ok, não chorei, mas esteve próximo disso...
Ter o funeral da própria mãe no dia de anos é mau demais...

Se eles vão sofrer, vou gostar de certeza!! Cool
Já sabes que quero mais, não sabes? Razz

Beijinhos**
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptySáb Out 09, 2010 2:09 pm

Coitados... Ir ao funeral da mãe no proprio dia de anos é mau de mais...
Quero mais!
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Out 13, 2010 10:52 am

Hey, olá! Bem, isto era para ter vindo para o ar ontem, mas digamos que não estava muito apta para tal. O motivo? Estava com uma hora e meia de sono e já não sabia o que estava a fazer xD

Quando ao capítulo: Eu nem desgosto dele, mas tenho a certeza que, se não fugir daqui imediatamente, vocês esfolam-me x_x E desta vez é a sério!

E sim, agora vou run run run xD
Beijinhos.

Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 4hs9px

CAPÍTULO 22

Anoitecera, mas Helly nem se dignara a acender as luzes. Para quê? Nada os faria voltar. Além disso, não se atrevia a tocar no interruptor da luz, tinha a certeza de que mandaria o sistema eléctrico de casa, do bairro ou até mesmo da cidade abaixo. Se tal acontecesse, não eram os residentes que ficariam mal, seria ela.

Enrolara-se numa manta, combatendo o frio que se fazia sentir. Conseguia ver as estrelas do chão do quarto; estava sentada no chão, encostada às portas do guarda-roupa. Até esperava que a sombra a fosse molestar, como fizeram aqueles que a atormentaram no dia anterior, mas Helly sabia que a sombra era demasiado imprevisível e acabaria por não aparecer. Era sempre assim.

Bateram à porta do seu quarto e foi abrir. Do outro lado da porta, exibia-se um Bill com o rosto molhado pelas lágrimas, como se da chuva se tratasse. Não disse nada e abraçou-a, chorando no ombro dela. Helly não conseguiu chorar com ele, embora a vontade e a tristeza fosse muita. As lágrimas pareciam ter secado. Puxou-o para o seu quarto e tentou acalmá-lo enquanto lhe passava uma mão pelas costas repetidas vezes. Nunca o tinha visto assim, porque ele nunca tivera motivos para tal.

- Desculpa… - Murmurou ele. Separou-se de Helly e limpou as lágrimas com os dedos. – Tu também estás a sofrer e eu neste momento devia estar a tentar animar-te…

- Nada disso, Bill. Estamos todos a sofrer. –
Apaziguou ela, sentando-se na sua cama. Bill sentou-se ao lado dela. – E, além disso, não somos assim tão transparentes como pensamos.

- És capaz de ter razão. – Proferiu ele, em surdina. Parecia-lhe tão surreal… - Eu nem acredito que eles… - Interrompeu-se. Não queria bater na mesma tecla repetidas vezes nem tão-pouco deixar Helly ainda mais triste do que já estava.

- E eu nem acredito que deixei que acontecesse. – Falou ela, com voz gutural. Sentia-se revoltada, e o que mais a irritava era o facto de a terem bloqueado tão depressa.

- Não te sintas culpada. Eram cinco contra uma, era impossível derrubá-los sozinha.

- Não Bill, eu teria conseguido se eles não tivessem o brutamontes que me atacou! –
Vociferou ela, apertando os punhos. Sentiu pequenos choques quando espetou as unhas nas mãos. – Eu vi-os. Mesmo estando inconsciente vi a forma como eles agiam. – Helly baixou o tom de voz e fitou um ponto vazio no chão, relembrando-se do pouco que se lembrava. – Dois deles limitaram-se a agarrar-me e a entregar-me ao que me bateu… - E, naquele instante, as peças encaixaram-se e Helly chegou a uma conclusão: - Claro! – Exclamou, fazendo Bill olhá-la com curiosidade.

- Então?

- Eles sabiam que eu era forte, mas também sabiam que havia alguém com mais força do que eu e capaz de me imobilizar, como fez…

- A questão é: como é que eles sabiam? –
Bill entrou no raciocínio dela.

- Andam informados. – Conjecturou a rapariga, olhando Bill. – De certeza que têm informadores. Têm alguém que nos segue para todo o lado e que os informa de tudo o que se passa…

- Mas não sabemos se é mais do que uma pessoa. Mas se assim for… Está a dar-se uma fuga de informação, e isso não me agrada, de todo. –
Disse Bill, magicando. – Tem de ser alguém que esteja perto. Esteja perto ou que ande a espiar-nos…

- Só os da nossa espécie é que são capazes de acompanhar-nos para todo o lado e com tanta rapidez, logo, excluiu-se a hipótese de ser um humano. –
Helly começava a achar o seu raciocínio correcto e Bill também parecia concordar. Mas era apenas uma especulação, por enquanto. E não iria colocar as culpas nos humanos, quando na verdade era quase impossível que eles os seguissem durante a caça. Talvez Tom tivesse outra ideia. – O Tom?

- Saiu. Foi caçar. –
Aquela resposta não agradou à rapariga e ela olhou-a, assustada. – Não consegui impedi-lo, ele estava quase a ressacar… - Bill fez um trejeito.

- Gott, só espero que esteja bem… - Murmurou ela, mordendo o lábio inferior.

- Vamos para baixo. Pode ser que entretanto chegue.

A rapariga assentiu e desceram para a sala. Como estava escuro, Bill acendeu as luzes situadas em cada lado da lareira, sabendo que Helly não podia tocar em tudo o que fosse eléctrico. Sentaram-se no sofá e Helly aninhou-se junto a ele. Bill ligou a televisão e ficaram por ali a ver uma serie que passava no momento.

Porém, minutos depois do sossego se ter instalado na sala, ouviu-se uma chave na porta e a mesma ser aberta, batendo na parede. Os dois jovens olharam para onde vinha o som e viram Tom, mas, ao contrário do esperado, ele não vinha sóbrio – podia ter-se alimentado, mas ele estava bêbedo.

Helly e Bill entreolharam-se e a rapariga suspirou, pesarosamente. – Era só o que faltava… Bêbedos. Murmurou ela, desviando a manta para se levantar.

Helly chegou a tempo de segurar Tom, pois ele desequilibrara-se e tombara para a sua direcção. Ignorou o cheiro a álcool que emanava e colocou um dos braços dele de volta dos seus ombros. A risada parva dele chegava a ser irritante, já para não falar das parvoíces que balbuciava.

- Vou levá-lo para cima. – Avisou ela, na vã tentativa de o endireitar.

- Queres que te ajude? – Perguntou Bill, preocupado. Como é que Tom fora tão irresponsável numa altura daquelas?

- Não, deixa-te estar, eu trato dele. – Recusou ela, avançando para as escadas. – Vou dar-lhe um banho gelado e metê-lo na cama. Isto, se não me passar antes. – Disse, subindo o primeiro grau e revirando os olhos.

Tom gargalhou novamente. – Sounds good… - Disse ele, num sotaque estranhamente Inglês.

Helly suspirou e revirou os olhos, ignorando-o. Alcançou o cimo das escadas, entrou na casa de banho e sentou-o na sanita, fechando a porta com um pé. Começou a despi-lo. Optou por descalça-lo primeiro e depois tirou-lhe o lenço da cabeça. Em seguida, despiu-lhe o casaco, pendurou-o atrás da porta e tirou-lhe o relógio de pulso, guardando-o num dos bolsos do casaco.

Tom não se mexia. Parecia dormir, a sua cabeça tombava para trás e pousava no autoclismo. Nunca se imaginara tratar Tom assim; ter de despi-lo muito menos. Respirou fundo e desatou o cinto das calças dele, puxando-lhe as calças para baixo. Recusou-se olhar para os boxers dele; e recusou-se a sério! Depois, puxou-o para si e deixou que a cabeça dele tombasse para a frente, encostando-se ao peito dela. Ele rabujou e abraçou-a pela cintura, como se de um peluche se tratasse, pensou ela.

- Tom, deixa-me despir-te as camisolas… - Pediu ela, afastando os braços dele. Ele voltou a rabujar, mas descaiu os braços e continuou com a cabeça no peito dela.

Helly teve uma certa dificuldade em tirar-lhe as camisolas, pois os braços dele estavam constantemente a cair. Então, colocou-lhe ambos os braços pendurados dos seus ombros e, finalmente, conseguiu tirar-lhe as duas t-shirts que envergava.

Pô-lo de pé, embora ele oscilasse bastante, ligou o chuveiro na água fria e passou as pernas dele para dentro da banheira. Entrou também e colocou Tom debaixo do chuveiro, assustando-o. Tom despertou e teve uma tontura, fazendo-o segurar-se à parede com as duas mãos.

- Tom?

Ele não respondeu. Sentia-se demasiado tonto e baralhado para o fazer. Pousou a testa na parede e tentou recuperar o equilíbrio. A voz de Helly soava longe, mas sabia que ela estava perto. Só passados cinco minutos é que conseguiu recuperar parte do equilíbrio. Encostou-se à parede e olhou Helly. Via-a ligeiramente desfocada mas sabia que ela não suportava a temperatura que a água tinha. Enquanto o seu corpo fumegava com a água que lhe caía na pele, com Helly não acontecia o mesmo. Aproximou-se dela e viu-a agarrada aos seus próprios braços, a tremer de frio.

Tom respirava ofegantemente e não conseguia parar o seu coração acelerado, por mais que quisesse e tentasse. Sentindo que as suas pernas iam falhar e o estômago revoltar-se, uma nova sensação despertou em si e segurou a face de Helly com ambas as mãos, fazendo-a olhá-lo. Impulsionou o corpo para a frente e beijou os lábios dela com avidez. Apertou-a nos seus braços e colou-a a si, não despegando os seus lábios dos dela.

Helly lutava contra a força de Tom quando sentiu a língua dele tocar na sua. Ele, de certo, que não sabia o que estava a fazer e era melhor pará-lo antes que algo mais acontecesse. Mas ele tinha mais força. Não a largava nem a parava de beijar! E o pior é que ele beijava terrivelmente bem, mesmo bêbedo, e tinha uns lábios deveras apetitosos… Já para não falar do desejo que transmitia.

Deixou de lutar.
Deixou-se levar pelos lábios dele.

Subitamente, Tom largou-a e cambaleou. Helly amparou-o, meia zonza com o acontecimento anterior, mas ele afastou as mãos dela, virou-se para trás e vomitou para o ralo da banheira. A rapariga pôs-lhe uma mão na testa e deixou-o vomitar até que parasse. Já esperava que ele vomitasse… E pelos vistos não ia ser só daquela vez, levaria a noite toda, ou quase.

Quando parou, molhou uma toalha na água fria e passou-a no rosto dele, tentando acalmá-lo. Ele já não deitava tanto calor como antes. Agora, estava adormecido, encostado à parede. Levantou-o, enrolou uma toalha ao corpo dele e secou-o. Depois, pôs um braço dele de volta do seu pescoço e levou-o para o quarto, deitando-o e tapando-o com um lençol.

- Fica comigo… - Murmurou ele com voz entaramelada.

Helly acedeu ao pedido dele e suspirou. Mas antes de se deitar ao lado dele, desceu até ao andar inferior buscar um alguidar, prevenindo no casa de Tom voltar a vomitar. Quando voltou ao quarto de Tom já ele dormia profundamente. Pousou o alguidar no chão e procurou uma t-shirt ao calha no guarda-roupa dele, servindo de pijama. Despiu toda a sua roupa molhada e envergou a t-shirt dele, pondo a sua no cesto da roupa suja da casa de banho. Deitou-se ao lado e aconchegou-se no lençol. Tom não se mexeu e ela dormiu.
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQui Out 14, 2010 2:43 pm

Wow... grandes avanços O.o
Aproveitou-se logo da bebedeira, é mesmo Tom -.-"
É muito fixe eles representarem elementos diferentes! Aquilo de ele fumegar com a água e de ela não poder tocar nos interruptores.

Eu não te esfolo, só porque não tenho forças para isso. E ias levar a melhor sobre os meus pulsos -.- Nem sei porque é que te esfolaria... Nem porque é que achavas que te íamos esfolar O.o

Beijinhos*
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptySáb Out 16, 2010 8:02 am

Hey, hey, hey! Cá está o senhor 23. Gosto deste, por acaso. Há por aí umas coisinhas que adorei descrever e outras coisinhas que vocês vão adorar ler xD Talvez a imagem seja uma pista do que vão gostar neste capítulo...

Boas leituras.
Beijinhos.

Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 2aadiqp

CAPÍTULO 23

2 de Setembro de 2013

Até por volta das quatro da manhã, Tom levantara-se diversas vezes para vomitar. Sabia que tinha alguém a ajudá-lo, mas não sabia quem. Estava demasiado atordoado para distinguir o toque de quem lhe tocava, da temperatura do sítio de onde estava, ou até mesmo das coisas a que se segurava sempre que vomitava. O seu estômago teimava em revoltar-se e não sabia como o parar. Só sossegara de madrugada quando já não tinha mais forças.

De manhã quando acordou e se remexeu na cama, viu Helly, adormecida. Assustou-se ao vê-la apenas com uma t-shirt das suas, destapada e com parte do rabo de fora. Já para não falar da mão pousada na sua barriga; tão delicadamente que lhe fazia impressão sentir a textura da pele dela na sua.

Ficou alarmado, embora lhe doesse a cabeça mais que nunca. Espreitou-a, desviando-lhe o cabelo da cara, mas ela suspirou e virou-se para o outro lado, ficando de costas para ele. E, aí, sim, Tom pôde ficar com vista privilegiada para o rabo dela. Não sabendo bem por quê, sentiu vontade de pousar lá a mão, mas sabia que, se ela acordasse, levaria um estalo, se não pior. Não obstante, arriscou. Estendeu a mão, mas acabou por direccioná-la para a anca dela, abanando-a, na tentativa de a acordar. Para a próxima, arriscaria.

- O quê? – Respondeu ela, ensonada. Voltou-se para ele e espreguiçou-se. – Tom… - Murmurou ela, bocejando em seguida. Espreguiçou-se mais uma vez. O rapaz de tranças observava-a, aguardando que ela se aprontasse. – Sentes-te melhor? – Ela perguntou primeiro.

- Dói-me a cabeça… - Respondeu, confuso, e coçando a nuca. – Porque é que dormiste aqui? – Perguntou, unindo as sobrancelhas. Helly riu.

- Já esperava que não te lembrasses… Mas pronto, eu digo-te: ontem à noite apanhas-te uma bebedeira e quem te aturou fui eu. – Tom abriu a boca de espanto e riu-se. – Não tem piada, Tom. – Proferiu ela, séria. E Tom voltou a fechar a boca. Helly não sabia se lhe devia contar tudo o que acontecera. No entanto, quando se preparava para se levantar da cama e sair do quarto, as palavras saíram: - Não te lembras mesmo de nada, pois não? – E, com isto, não havia voltar a dar, inclusive não lhe dizer e fugir dali. Tom negou com a cabeça e Helly hesitou. Respirou fundo, inspirando coragem, e respondeu: - Nem de teres tomado banho de água fria?

- Não, nada. –
Disse Tom. Perscrutou o rosto dela. O semblante que exibia não lhe inspirou confiança e isso deixou-o de pé atrás. – Ok, algo me diz que fiz merda, não sei porquê. A tua cara não me inspira confiança.

- É bem provável que não. –
Helly sentou-se na cama com as pernas estendidas. – Voltas-te a beijar-me, Tom. E desta vez foi a sério. – Tom esbugalhou os olhos e bateu com uma mão na testa, rindo-se depois. – Estás a irritar-me, estúpido! O assunto é sério! – Bradou ela, encolerizada.

- Desculpa… - Pediu, contendo a gargalhada, em vão. – Desculpa-me, a sério... Eu prometo que para a próxima… - Explodiu noutra gargalhada. – Opah! Maldita a hora em que eu não me lembro de nada! – E bateu com uma mão na perna, hiperbolicamente injustiçado.

Helly irritou-se de tal maneira que tocou no braço dele e deu-lhe um choque, fazendo-o gritar de dores e cair da cama. Ela riu-se, vitoriosamente.

- Au… Au… - Queixava-se ele, apertando a zona do braço que lhe doía. – Vais pagá-las! – Berrou ele. Num salto, atirou-se para cima de Helly e fez-lhe cócegas na barriga, acabando com a ira dela e fazendo-a rir que nem doida. – E agora, ham?

Helly cruzou as pernas na cintura dele e rodou-lhe o corpo, ficando sentada em cima do ventre dele. Tom ficou surpreendido com a acção dela e olhou-a, atentamente.

- Agora passamos à acção. – Falou ela, sensualmente. Tom nunca a vira assim, com uma voz e um semblante tão sensual e provocador. E isso arrepiou-o.

- Estás a gozar comigo, não estás? – Contestou ele, engolindo em seco. Um facto bastante evidente era que começava a sentir algo estranho nos seus boxers e a culpa era dela, pois estava sentada em cima do pequeno Tom.

- Não. – Respondeu ela, com o mesmo tom de voz de antes e passando as unhas desde o peito à linha dos boxers dele. Tom mordeu o lábio e contraiu os músculos, na tentativa de aniquilar o toque dela.

- Eu sei que tu queres, Tommy… - Falou ela, olhando-o nos olhos. Já os dedos dela se passeavam pelo umbigo, outra vez.

- Vai gozar com outro, Hellionor! – Gemeu ele, continuando a contrair os músculos. Ela estava a pô-lo doido!

Helly riu-se e subiu os dedos para o peito musculado dele, arquitectando linhas imaginárias. Estava a testá-lo e queria ver se ele repetia o que fizera na noite passada; essencialmente, se voltava a manifestar o mesmo desejo que ela sentira da parte dele.

Tom deixou de contrair os músculos e agarrou-a pelas ancas, puxando-a para si. Beijou-lhe os lábios com voracidade e Helly obteve o que queria: o desejo que demonstrara na noite anterior manifestara-se naquele beijo, mas de forma mais racial e perceptível. Mas, ao invés do que Helly pretendia, aquele beijo fê-la despertar novos sentidos e partilhar o mesmo desejo que ele, se bem que com menor intensidade e sem se importar com mais nada. Deixou de racionar correctamente. Naquele momento, o laço de amigos e irmãos deixou de existir, formando um laço muito mais íntimo. Agora, o que os unia era o desejo de se sentirem de forma diferente.

No entanto, Helly não se sentia preparada para ir mais longe. Enquanto uma parte de si renascia e se enchia de desejos, outra continuava extinta, lembrando-lhe a morte do seu pai. E isso reflectiu-se quando Tom lhe começou a puxar a camisola para cima e ela o impediu.

Largou os seus lábios e saiu de cima dele, tão depressa que nem deu tempo a Tom racionar direito. Ficou confuso e, quando deu por ela, já Helly andava em busca de algo no chão, atordoada. Quando se preparava para ir ter com ela e a acalmá-la, ela disse:

- Estamos a ir longe de mais. É melhor ficarmos cada um no seu canto. – Pronunciou e saiu do quarto, disparada. Nem olhou para ele enquanto falava, como sempre fazia e gostava de fazer.

Boa, pensou. Só havia duas explicações para o sucedido, e tinham nome: Jake ou Gordon. Quanto a Jake, se o motivo pelo qual hesitou era ele, então havia algo ali, como amor. Se assim era, Tom recusava-se a brincar com ela daquela maneira. Mas se o motivo fora Gordon, então ela estava certa. Ele acabara de falecer e partir para aventuras como aquela não era boa ideia de todo. Para Tom, parecia-lhe a razão mais plausível para o que acontecera.

Mas a culpa não deixava de ser dela, também. Fora ela que o provocara!
E agora tinha de se desenvencilhar sozinho… a tratar do pequeno Tom.

[…]

10 de Setembro de 2013


Durante os dias que se seguiram, os três irmãos tiveram muito trabalho com papéis sobre contas bancárias, heranças e dívidas. O último ponto fora o mais complicado de todos: O falecido casal tinha uma divida de cerca de mil euros ao banco, por causa de empréstimos, e os jovens precisavam urgentemente de pagar aquele dinheiro.

- Vamos ter de arranjar emprego. – Falou Bill, esfregando a testa. – O problema vai ser arranjar o quê.

- É uma questão de procurarmos. –
Disse Helly, atirando uma pasta com folhas para cima da mesa baixa da sala. – São capazes de haver jornais algures por aí…

- Eu vou buscar. –
Ofereceu-se Tom, levantando-se do sofá. No entanto, a campainha tocou nesse instante. – Eu vou abrir. – Correu para a porta e abriu-a. – Olá, Grace. – Cumprimentou a loira. Apostava em como Bill já estaria de pé, pronto a recebê-la.

- Olá, Tom. – Retribuiu, dando dois beijos na face de Tom. – A Helly está?

- Está, entra. –
Convidou, dando-lhe passagem.

Helly levantou-se do sofá e cumprimentou a amiga.

Ao contrário do que Tom pensara, Bill mantinha-se no sofá, descontraído. Quando se sentou no sofá em frente a ele é que conseguiu estudá-lo melhor. Começou pelos olhos: o bater da luz ambiente nos olhos dele permitia a Tom ver a cor caramelizada deles, excluindo a hipótese de estar sedento. Mas a postura descontraída não correspondia à forma como olhava para Grace. O olhar que Bill lançava à loira era guloso e podia ler-se o quanto a desejava. No entanto, Grace, por sua vez, fazia um esforço notório para não olhar para ele. Talvez fosse por isso que Bill não tirava os olhos dela.

- Vou só buscar a minha mala. – Avisou Helly. Subiu as escadas a correr e Tom soube o que significava ficar sozinho com aqueles dois: segurar a vela ou guardar Grace. Mas Helly desceu num instante e ele ficou mais descansado.

- Vão sair? – Pronunciou-se Bill.

- Vamos. – Respondeu Helly, olhando-o. – Estou a precisar de desanuviar…

- Podíamos ir todos. –
Sugeriu ele, olhando Grace, pervertidamente.

Claro que Helly entendeu as entre linhas, assim como Tom, que se riu, sonoramente. Só Grace é que parecia a leste, ou demasiado embrenhada com o olhar e sorriso de Bill.

- Até logo, meninos. – Disse Helly, puxando Grace por um braço. – Divirtam-se!

- Egoísta! –
Refilou Bill, deitando-se preguiçosamente no sofá.

Helly riu-se e saiu, fechando a porta atrás de si. Do outro lado da rua, caminhava Jake com o sei irmão mais novo. O pequeno de apenas seis anos ia sentado nos ombros do irmão com a mochila do lanche às costas e Jake segurava-lhe as mãos. Jake era muito atencioso com o irmão, especialmente pela grande diferença de idade, e a prova disso era a imagem à sua frente. Os carinhos entre eles eram capazes de a derreter.

- Diz olá à Grace e à Helly… - Ouviu Jake dizer ao irmão, parando de andar.

- Olá! – Saudou o pequeno, acenando, freneticamente, e sorrido, timidamente.

- Olá, Mitchell! – Saudaram elas, acenando-lhe também.

Dizer que o seu foco de atenção naquele momento era o pequeno Mitchell, seria mentira. Ficava-se em Jake e tentava respostas ao porquê de lhe ser cada vez mais irresistível.

N/A: Juro que estou fascinada com o meu Tom. +.+
N/A2: Digam a vossa justiça quando à Helly e ao Tom. xD
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyDom Out 31, 2010 7:10 am

Não, eu não deixei de escrever. É só que deixei de receber comentários aqui e achei que não valia a pena continuar a postar para o zé ninguém.

Para quem quiser continuar a ler, deixo aqui o link do meu blog das fics: http://pennpaper.blogs.sapo.pt

Beijinhos.
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Nov 03, 2010 12:24 pm

Nem sabia que já tinhas postado, isto não mostrou o símbolo deles de outra cor :O
A sério, tu sabes que eu adoro a tua fic!! E vim sempre que pude (acho que comentei quase todos...)... Mas nem tinha visto, desculpa Kate (para mim serás sempre a Kate ^^).
Vou ler, já continuo.


***

O teu Tom teve a cabeça muito fria quando a Helly teve aquele ataque de... daquilo! O.o
Aquilo entre eles vai seguir por outros caminhos, penso eu Razz niiiiiiiiiiiiiiice!!

Vou continuar a seguir no teu blog, como é óbvio Very Happy

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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptyQua Nov 03, 2010 12:35 pm

Kelly escreveu:
Nem sabia que já tinhas postado, isto não mostrou o símbolo deles de outra cor :O
A sério, tu sabes que eu adoro a tua fic!! E vim sempre que pude (acho que comentei quase todos...)... Mas nem tinha visto, desculpa Kate (para mim serás sempre a Kate ^^).
Vou ler, já continuo.


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O teu Tom teve a cabeça muito fria quando a Helly teve aquele ataque de... daquilo! O.o
Aquilo entre eles vai seguir por outros caminhos, penso eu Razz niiiiiiiiiiiiiiice!!

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Deixa lá, não faz mal (:
Ahahah, deves ser a única das que me conhece 'onlinemente' que ainda me trata por Kate xDDD Mais de resto, só o meu irmão do meio é que me chama assim, às vezes xD Fico contente por gostares +.+
Pois xDD Acredita que se ela não tivesse parado, havia festa. Mas ela achou por bem parar, por causa do pai .___.
Uiii, entre eles ainda se vão passar muuuuitas coisinhas (a)
Obrigada por todos os comentários aqui (:
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 EmptySex Nov 05, 2010 5:04 pm

Eu não tenho vindo muito ao forum, por isso não tenho comentado :X
Ui...As coisas entre a Helly e o Tom aqueceram...
E desculpa não ter comentado á mais tempo...
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MensagemAssunto: Re: Obsession - | 23 | - aviso.   Obsession - | 23 | - aviso. - Página 4 Empty

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