Título: Past Present
Autora: Kelly
Género: Romance, Fluff
Pairing: Tom/PFO
Classificação: PG
Hamburg, 2050
Ann está à porta da casa onde vive, esperando os netos, que saem do carro estacionado à frente do portão. Como sempre, os gémeos David e Julian vieram a correr para a avó, que os esperava de braços já abertos.
- AVÓ! – gritaram em uníssono os pequenos.
- Venham cá queridos! – Ann abraçou ambos, como só as avós sabem fazer.
- Bom dia, mãe, - foi Hans que falou, sorrindo para a mãe.
- Bom dia, querido. E bom dia, Marie, – Ann cumprimentou com um sorriso o filho e a nora. – Entrem, não fiquemos ao frio.
Os cinco penetraram no ambiente calmo e acolhedor do hall da mansão.
- O pai? – questionou Hans.
- Está na sala de jogos com o tio, – respondeu Ann.
- Podemos ir lá, avó? – perguntou Julian.
- Claro que sim, eles vão ficar muito contentes por vos ver, – Ann sorriu, não acreditando que os seus netos já tinham 6 anos.
David e Julian seguiram a correr pelo hall, até às escadas de acesso à cave. Com passos rápidos e leves, típicos de uma criança, desceram a escadaria. Durante todo o processo gritavam pelo avô e pelo tio-avô, que assim se aperceberam da sua presença. Quando os gémeos mais novos chegaram ao seu encontro, os outros esperavam-nos já de pé, sorridentes.
- Avô, conta-nos outra vez como é que tu e a avó se conheceram! – pediu David, sentado ao colo de Tom.
- Outra vez, meus diabinhos?
- Sim!! – implorou Julian, do colo de Bill.
- Ok ok, – Tom riu. – Foi há 40 anos. Estávamos em Oberhausen, íamos dar um concerto na Arena. A vossa avó estava numa sala com outras fãs nossas. Era a rapariga mais linda que alguma vez tinha visto, – sorriu. – Quando foi a minha vez de falar com ela, deviam tê-la visto!
- Tens que dizer a toda a gente como estava corada?! – perguntou Ann, sorrindo enaquanto descia as escadas na companhia de Hans e Marie.
Os olhares cruzaram-se e, como em tantas outras vezes, ficaram parados num mundo onde apenas aqueles dois seres existem.
- Tenho que dizer o que me chamou a atenção quando te vi, isso foi uma das coisas, – Tom sorriu.
- Conta mais, avô! – insistiu Julian.
- Pouco falámos, apenas lhe dei um autógrafo, tirámos algumas fotos e dei-lhe dois beijinhos.
- Na boca? – perguntou o curioso David.
- Sabes bem que isso foi só depois! – riu o avô. – Sem que as outras raparigas vissem, escrevi o meu número de telemóvel junto ao autógrafo.- E eu só lhe liguei depois do concerto. Combinámos um sítio para nos encontrarmos, mas ficámos a falar durante quase duas horas.
- A vossa avó fez-me esquecer o cansaço e o sono. Trocámos e-mails e continuámos a falar. Encontrámo-nos num hotel onde a banda já tinha ficado. Era um local seguro.
- Foi aí que deram um beijinho? – entusiasmou-se Julian.
- Ainda não meninos, calma, – Ann sorriu gentilmente para os netos. – Mas falta pouco, – trocou um novo olhar com Tom, continuando a sorrir.
- Conversámos a tarde inteira, no jardim. Acho que nunca conversei nem ri tanto graças a uma rapariga. A vossa avó foi especial para mim desde o início.
- Mas… – Ann olhou para os netos. – O beijo só aconteceu no dia seguinte. Foi no antigo Cadillac do avô, quando ele me foi levar a casa. Ele era o meu ídolo, mas era também o rapaz que eu amava.
- Foi um beijo que teve muito significado para ambos. O primeiro de muitos!
A gargalhada sonora de Tom ecoou pela cave, enchendo as antigas paredes de alegria.
- Avó, dá um beijinho igual àquele ao avô! – David sempre fora o mais arrebitado dos gémeos.
- Sim, mãe, agora vais ter que dar outro… – Hans insistiu, sorrindo e abraçando a cintura de Marie.
Anna aproximou-se de Tom, já de pé, e colocou as mãos na face deste. As dele foram igualmente para a face dela, aproximando-os. Beijaram-se, como se não tivessem passado 40 anos desde o primeiro beijo. Seguindo a onda de paixão, Hans e Marie também se beijaram. Bill ficou apenas feliz com a felicidade do irmão gémeo e desejou ter ali a sua companheira para a poder beijar daquela maneira.
- Já chega! – protestaram Julian e David, desejosos de atenção.
- Pronto meninos, vamos lá para cima comer o bolo que eu fiz! – exclamou Ann, sorrindo e trazendo todos atrás de si.
Passaram mais de 40 anos desde a primeira vez que Tom viu Ann. Mas o sentimento não mudou. É Amor, na sua forma mais pura e doce. E vai continuar assim para sempre.